Mais perguntas de Adriano

Conversei com meu amigo Daniel Junqueira, botonista da AFUMEPA e grande incentivador deste esporte.
Sempre brincalhão e motivando o pessoal a não se entregar nas derrotas.

Vão aí as perguntas:

1. Por quê jogas a regra brasileira e não a gaúcha?

Aconteceu quase naturalmente, até 1988 eu jogava tão somente a regra gaucha. 

Na qual eu e dois colegas organizávamos campeonatos com 20 participantes.

Era muito organizado, tabela na parede, dez campos belíssimos , horários na risca, e não éramos nenhuma Associação ou Liga , somente amigos de um bairro que se reuniam para brincar, só de lembrar já fico muito feliz.

Com o conhecimento da regra Brasileira em 1989, foi um choque para nós todos , a impressão que deu naqueles jovens meninos foi demais, quando vimos  uma Associação, um campeonato rolando com aqueles botões grandes e a imensa mesa, sem falar da organização.

Foi que achávamos que os caras jogavam futebol de botão profissional, foi impactante para nós e a mudança foi natural deixando assim a regra gaucha pela brasileira

Eu tinha 50 times, já naquela época a maioria ou quase na totalidade já eram padronizados na mesma cor, sem contar a quantidade de tabacarias que forneciam em abundância os jogadores de todos os tamanhos, é bom lembrar.

2. O quê falta para a regra gaúcha chegar na organização da regra brasileira?

 

Primeiramente pessoas que queram implantar esta tal organização.

Conscientização de todos os envolvidos, seja um campeonato interno ou externo.

Vontade de fazer e compromentimento de todos os envolvidos. 

Enfim sem união não se chega a lugar nenhum.

3. Como poderíamos divulgar mais este esporte, que tem poucos praticantes adolescente e infantil?

 

As coisas já acontecem, a midia já abriu espaço, há muitas associações, tem muitas mas muitas pessoas que jogam entre amigos ou em casa sem se vincular a nada.

Só que o nosso grande obstáculo hoje , é a internet , os computadores e seus jogos.

Esta nova geração é muito dificil, pois a midia é muito forte.

E os poucos que se interessam são corridos pelos maus botonistas , que ao invés de ensinar os novatos a jogarem , preferem socar goleadas em inofensivos, e depois se vangloriar de suas estatisticas.

A resposta é, temos que abrir mais as portas, temos que nos preocupar mais com os iniciantes, temos que fazer mais eventos para atrair novos adeptos.

Enfim , ter união e respeito por todos.

 

Daniel Junqueira de Lemos, 43 anos , botonista desde 1977.

E não esqueçam...