terça-feira, 26 de junho de 2012

Coluna de Rogério Englert

Quem quiser partcipar do blog, basta enviar sua opinião (artigo) para o e-mail adriano@brigadamilitar.rs.gov.br e, se não houver ofensas e provocações, será publicado na íntegra aqui neste blog. Um até já ao amigo Brandão.


A REGRA GAÚCHA MORREU NINGUÉM SE DEU CONTA!!!!

Rogério Englert

                        Neste meu primeiro artigo, gostaria de deixar bem claro que tudo que escreverei aqui não são verdades absolutas. Apenas sentimentos, constatações e opiniões de quem joga futebol de mesa ou futebol de botão, se assim preferirem, pelo menos há 30 anos.
                        Primeiramente, quero expor minha opinião acerca do nome Regra Gaúcha, que atualmente, joga-se em alguns lugares aqui em Porto Alegre, entre eles: Bazar Mimo e Clube Ypiranguinha, e em outros por mim desconhecidos.
                        Pois bem, afirmo: a Regra Gaúcha morreu e ninguém se deu conta!!!!.
                        Hoje em dia não se joga mais a Regra Gaúcha. Quem, atualmente, joga essa regra não sabe que está jogando,  na verdade, a Regra Unificada, e quem joga a Regra Unificada não tem conhecimento que joga uma regra que deveria ter outro nome que não Unificada. Pasmem, o que se joga no lugar da antiga Regra Gaúcha é a Regra Unificada.
                        A regra falecida é a Regra Gaúcha e não, como já ouvi falarem por aí, a Regra Unificada.
                        As duas regras, atualmente, jogadas deveriam ter seus nomes alterados. A atual Regra Gaúcha deveria ser chamada de Regra Unificada e a atual Regra Unificada deveria ser batizada com outro nome, como muitos jogadores gostariam, pois este nome se confunde com a outra e vincula pessoas a ele.
                        A atual Regra Gaúcha é fruto da fusão entre a antiga Regra Gaúcha, jogada pelos Srs: Paulo Borges, Alcides, Rolim, Eduardo Taborda, Chico Borges, os irmãos Oscar, Marcus e Junior Crusius,  Alpheu e Sérigo Barcelos,  Paulo, Heron,  Luiz, entre outros, que infelizmente não recordo os nomes, e por mim, à época. Já a Regra do Passe, jogada no Gigantinho, foi introduzida pelo Sr. Ênio, tendo como adeptos: Tito, Hélio, Breno, Gerson, Luiz Paulo, entre outros. Também joguei esta regra no passado, inclusive, ganhei meu único campeonato, ainda sob as cores do Barcelona da Espanha, quando esse time não era tão famoso mundialmente, em uma final eletrizante sobre a equipe do Renner, do Sr. Ênio, nos pavilhões do CETE (Centro Estadual de Treinamento Esportivo).
                        Lembro-me bem quando o Sr. Ênio iniciou o departamento de futebol de mesa no Gigantinho com a Regra do Passe. Jogávamos a Regra Gaúcha (original) no Estádio Olímpico, no vestiário do departamento de Judô (pois já havíamos deixado a sala nos altos do Mercado Público) com uma estrutura muito pequena.  Algumas mesas, piso e ambiente frio e muita umidade.
                        No início, nós que jogávamos no Grêmio, não nos relacionávamos com o departamento colorado, até porque a Regra Gaúcha era consolidada com vários participantes e não tínhamos curiosidade em conhecer o novo departamento que jogava uma regra estranha a nossa.
                        Com o passar do tempo, o Sr. Ênio começou uma aproximação com o mandante do departamento gremista, Sr. Rolim (ou talvez tenha sido o contrário, não me recordo, se bem que, não acredito nesta segunda hipótese). Sei que um dia, no departamento gremista, surgiu a proposta de fundir as regras, unificar a Regra Gaúcha com a Regra do Passe a fim de jogarmos uma única regra, aumentando o número de participantes em torneios e campeonatos.
                        Muitos foram contra a unificação, inclusive eu. Tinha sérias dúvidas se realmente existia a intenção da unificação ou se apenas a Regra Gaúcha sofreria modificações. Fui voto vencido. Tirem suas conclusões.
                        Tenho ciência que alguns dias depois mudaram o tamanho das goleiras, consequentemente, o tamanho dos goleiros. As dimensões das mesas também foram alteradas e foi incluído na Regra Gaúcha o tão famoso passe. Também, na Regra Gaúcha original, nos laterais cedidos, não havia a necessidade da bolinha tocar em outro botão para fazermos o segundo lance.
                        Nascia aqui, no meu modo de ver, a Regra Unificada e sem que ninguém notasse, a Regra Gaúcha (original) estava sendo sepultada.
                         Após a unificação foi realizado um grande torneio, talvez o maior já feito em Porto Alegre ou no Estado, com a nova regra. Contou com aproximadamente 120 equipes, patrocinado pela Petrobrás, onde os jogadores ligados aos dois departamentos jogaram juntos, pela primeira vez, a regra recém unificada, no ginásio do Departamento de Ginástica Olímpica no CETE.                 O campeonato durou dois dias. Não lembro se em dois sábados ou no fim de semana, onde a equipe do Barcelona (Rogério Englert) consagrou-se campeã, após vencer a final contra o Renner (Sr. Ênio) por 3 x 1 (foi este mesmo o placar Sr. Ênio?), depois de uma semifinal atípica contra o Fluminense (Junior Crusius) por 2 x 1, pois seus dois gols foram marcados pelo adversário, ou seja, o campeão não havia marcado um gol sequer na semifinal.                          Não recordo quem disputou a outra semifinal com o Renner, pois já faz muito tempo, talvez o Sr. Ênio se lembre. Tenho dúvidas, mas acredito que este torneio tenha sido realizado entre os anos de 1982 e 1984, logo, muitos que lerem este artigo ainda não jogavam botão.
                        Não vou entrar no mérito se essas modificações foram positivas ou negativas, se trouxeram melhorias ou pioraram os jogos. Muito menos julgar quem resolveu unificar as regras.
                        Quero apenas aqui defender a minha tese, isto é, a qual dei como nome a este artigo: a Regra Gaúcha morreu e ninguém se deu conta !!!!
                       
Valeu!

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